Drive
A história da primeira marca de automóveis criados a pensar nas mulheres

Não são tão poucas assim as mulheres que marcaram a História do desporto automóvel. Mas, ainda assim, continua a existir algum preconceito na relação entre carros e mulheres. E é por isso que casos como o da escocesa Dorothée Pullinger, fundadora da Galloway Motors, são notáveis. E foi assim que nasceu a primeira marca de automóveis especificamente dedicados a mulheres, do design à ergonomia dos assentos e à composição do habitáculo.

Depois de lhe ter sido recusada a entrada no Instituto de Engenharia, com o fundamento de que o curso seria exclusivamente para homens, Dorothée Pullinger terá convencido o seu pai, Thomas Pullinger, gerente da Arrol-Johnston, a transformar a empresa de fabrico motores de avião durante Primeira Guerra Mundial numa fábrica de automóveis, construídos por e para mulheres.

A ideia era apostar em mão-de-obra feminina especializada e, precisamente por isso, Pullinger também orientou a criação de uma escola de engenharia nas instalações, que oferecia às mulheres cursos de aprendizagem com a duração de três anos, em vez dos cinco habituais para os homens. Afinal, acreditava-se que as mulheres eram aprendizes mais rápidas.

Os carros da Galloway eram máquinas simples e robustas, seguindo primeiramente uma política de modelo único com o 10/20, modelo fortemente influenciado pelo Fiat 501.

Mais tarde, um segundo modelo foi introduzido, mas com as caraterísticas especiais dos originais: o selector da caixa de velocidades era colocado no interior e não fora do carro, para que fosse mais fácil de alcançar; os assentos eram mais altos; o painel de instrumentos mais baixo e o volante mais pequeno. Foi também um dos primeiros automóveis a contar com espelho retrovisor de série. Tudo pensado para Elas.

A fábrica de Tongland, na Escócia, foi forçada a fechar em 1923 e a produção transferida para a fábrica-mãe em Heathall, até que também esta acabou por fechar em 1928. A Galloway Motors fabricou ao todo cerca de quatro mil carros.

O conceito pode não ter sido duradouro, mas a verdade é que porventura terá chegado cedo demais no tempo até porque, no que concerne ao papel da Mulher na sociedade, muito mudou desde então. Quem pode dizer que hoje esta ideia não seria um sucesso?

Não são tão poucas assim as mulheres que marcaram a História do desporto automóvel. Mas, ainda assim, continua a existir algum preconceito na relação entre carros e mulheres. E é por isso que casos como o da escocesa Dorothée Pullinger, fundadora da Galloway Motors, são notáveis. E foi assim que nasceu a primeira marca de automóveis especificamente dedicados a mulheres, do design à ergonomia dos assentos e à composição do habitáculo.

Depois de lhe ter sido recusada a entrada no Instituto de Engenharia, com o fundamento de que o curso seria exclusivamente para homens, Dorothée Pullinger terá convencido o seu pai, Thomas Pullinger, gerente da Arrol-Johnston, a transformar a empresa de fabrico motores de avião durante Primeira Guerra Mundial numa fábrica de automóveis, construídos por e para mulheres.

A ideia era apostar em mão-de-obra feminina especializada e, precisamente por isso, Pullinger também orientou a criação de uma escola de engenharia nas instalações, que oferecia às mulheres cursos de aprendizagem com a duração de três anos, em vez dos cinco habituais para os homens. Afinal, acreditava-se que as mulheres eram aprendizes mais rápidas.

Os carros da Galloway eram máquinas simples e robustas, seguindo primeiramente uma política de modelo único com o 10/20, modelo fortemente influenciado pelo Fiat 501.

Mais tarde, um segundo modelo foi introduzido, mas com as caraterísticas especiais dos originais: o selector da caixa de velocidade era colocado no interior e não fora do carro, para que fosse mais fácil de alcançar; os assentos eram mais altos; o painel de instrumentos mais baixo e o volante mais pequeno. Foi também um dos primeiros automóveis a contar com espelho retrovisor de série. Tudo pensado para Elas.

A fábrica de Tongland, na Escócia, foi forçada a fechar em 1923 e a produção transferida para a fábrica-mãe em Heathall, até que também esta acabou por fechar em 1928. A Galloway Motors fabricou ao todo cerca de quatro mil carros.

O conceito pode não ter sido duradouro, mas a verdade é que porventura terá chegado cedo demais no tempo até porque, no que concerne ao papel da Mulher na sociedade, muito mudou desde então. Quem pode dizer que hoje esta ideia não seria um sucesso?