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Galeria: um lugar de muitos lugares, na margem que é centro de Maputo
Concebido para ser um espaço de atracção turística (40 mil turistas escalam, em média, anualmente, o Porto de Maputo), a “Galeria” resulta da recuperação de uma antiga estrutura portuária, e é um espaço multiusos com características únicas na capital pois acaba por ser, simultaneamente, um espaço de cultura (com uma programação aberta às diferentes expressões artísticas e criativas), de restauração, e aberto a todo o tipo de eventos (conferências, encontros empresariais, etc.), de dia e de noite.
Esta iniciativa, que constituiu desde a abertura, por si só, um importante contributo para a revitalização da Baixa da cidade, já é um dos pólos mais dinâmicos desta zona se se concretizarem os planos existentes para a recuperação desta área histórica que vêm, há muito, a ser anunciados.
Com uma programação cultural intensa, especialmente na área da música, a “Galeria” abriu as suas portas em 2019. Fechou durante a pandemia, por alguns meses, e reabriu com a mesma intenção inicial. Sendo um lugar na margem, mas um ponto central de toda esta nova dinâmica.
Depois, a proposta gastronómica que ali se encontra é extensa, variada e aliciante. Por se tratar de um lugar à beira-mar, os pratos de peixe e marisco destacam-se por si só. Nas entradas realçamos a bruscheta de caranguejo. Na lista dos peixes e mariscos, vale a pena experimentar a Lagosta Mornay ou as lulas com pão de alho, sendo que há sempre a sugestão do peixe do dia. E por ali não se esquecem algumas escolhas mais óbvias para os vegetarianos, como a salada de grão de bico ou o caril de beringela.
Nas carnes, as sugestões facilmente recaem no peito de pato com rúcula, o pernil de cordeiro ou o tradicionalmente moçambicano frango à zambeziana.
Ainda nas carnes, uma referência para a Carne de Tomahawk com Feijão e Batata Assada. O Tomahawk, aparentado às famosas ribs, é um dos cortes mais fáceis de serem identificados, pois apresenta um grande osso da costela, o que o tornou conhecido como “a carne dos Flintstones”, e lembra um pequeno machado dos índios norte-americanos chamado tomahawk. O corte é retirado da parte dianteira do lombo do boi e, quando possível, extraem-se apenas quatro peças por animal. O Tomahawk é, basicamente, o mesmo corte do prime rib, porém, com um osso maior (chegando a 30 cm).
Entre as sobremesas destacamos os pudins que, ali, desfilam até à meta de uma boa refeição, com opções inesperadas como o pudim de mandioca, tâmara ou malva.
Um bom fim para um óptimo começo de noite, porque não?
LATERAL
Porto de Maputo
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